Tirar fotografias eletronicamente exige que empreguemos maneiras diferentes de medir e descrever essas imagens – que sejam precisas e, é claro, digitais, o que significa dizer que devem seguir certas etapas
Seja fotografia digital, seja
com haletos de prata, isso dependerá de quatro coisas: quanto detalhe ela tem;
a gama de luminosidade que ela consegue registrar; o quanto suas cores são
fieis; e seu nível de imperfeições.
Digitalmente, elas são conhecidas
como resolução, alcance dinâmico, profundidade de bit e ruído.
A resolução é a medida do detalhe
e depende do número de pixels para uma dada área da imagem. O modo mais comum
de expressá-la é por polegadas, como em 300 ppi (pixels per inch – pixels por
polegada).
Desnecessariamente, existem
outros dois termos em uso, linhas por polegadas (Ipi – lines per inch) e pontos
por polegada (dpi – dots per inch), originários da indústria gráficos e usados
para medir telas de meio-tom para impressão.
Do nosso ponto de vista, eles são
totalmente intercambiáveis e, na maioria das vezes, eu uso ppi. Os valores
métricos, em geral, são prefixados por “Res” (para resolução) – por isso, 12
pixels por milímetro, aproximadamente o mesmo que 300 ppi são chamados de “Res
12”. Naturalmente, o que poder de resolução da lente determinada o detalhe em
foco sobre o sensor.
A grande questão com as câmeras
digitais, uma vez que muitos fabricantes adoram trapacear um pouquinho, é a
diferença importantíssima entre resolução óptica é a resolução de fato, uma
medida da informação que a lente projeta em foco de verdade sobre o sensor. A
interpolação é uma técnica de manipulação digital.
Por essa técnica, um programa
consegue preencher os espaços entre pixels para criar mais informação,
resultando, portanto, no que parece ser uma resolução mais alta. O resultado é
agradável aos olhos, mas a ampliação é falsa. Quando você descobre que um
fabricante está tentando passar resolução interpolada como se fosse óptica, ele
está sendo desonesto, e você pode dar o mesmo crédito ao restante das
especificações.
O alcance dinâmico governa a
amplitude da informação, das luzes altas às sombras. Ver uma imagem digital
produzida por um scanner com um alcance dinâmico pequeno é como olhar para uma
impressão em um papel fotográfico de graduação muito alta, muito dura. O
alcance dinâmico é medido em um a escala de 0 (branco puro) a 4 (preto puro),
mas nenhum filme ou sensor consegue (ainda) capturar a escala completa.
O nível de maior luminosidade em
que o sensor ou filme consegue detectar detalhe é conhecido como DMín, e o de
menor luminosidade, como DMáx. A diferença entre os dois é seu alcance dinâmico
– se ele consegue registrar de 0,3 a 3,5, isso corresponde a 3,2D, por exemplo.
Aproveite para rever mais dicas sobre fotografia digital nas suas apostilas, bibliografias e vídeos das aulas de fotografia dos cursos profissionalizante da Escola Focus.